Trova do Rics

sábado, 5 de março de 2011

Dostoiévski e o ser humano


É incrível como esse escritor tem a capacidade de escancarar com tanta destreza e precisão a natureza do ser humano. Quem já leu "A Aldeia de Stiepantchikov e seus habitantes", com certeza se reconheceu ou reconhece alguém em um de seus personagens. Fomá Fomich, por exemplo, é um pequeno tirano que usa os recursos aprendidos no passado de ator, dramatiza, faz chantagens e manipula a todos. É quem forja as intrigas e humilha quem demonstra a menor submissão à suas determinações. Que personagem que nos prende do começo ao fim! Um impostor, bon vivant, inteligente o suficiente para enganar os provincianos e mujiques da aldeia.
Nessa "aldeia" vc encontrará personagens mesquinhos, dementes, fracassados, mas tbm pessoas honestas e lúcidas, como por exemplo o narrador da história, Serguei.
Muito atual, apesar da data que o livro foi escrito.
"'Fale de sua aldeia e estará falando do mundo.' Em poucos livros esse já desgastado bordão do russo Leon Tolstoi parece tão verdadeiro quanto em A Aldeia de Stiepântchikov e Seus Habitantes, do também russo Fiodor Dostoievski. Escrito em 1859, logo após a volta do autor da Sibéria, onde passou dez anos como prisioneiro político, o texto é uma ligeira comédia rural, mas traz o fundo existencial e metafísico que sempre marcou suas criações. A figura central do romance é Fomá Fomich Opískin, um pobretão agregado à família do coronel Iegor Ilitch Rostaniov. Depois de se tornar confidente da mãe do militar, ele passa a dar as cartas em sua casa. Enquanto Fomá profere cabriolas retóricas, posa de ilustrado e não poupa ardis para que todos na casa se dobrem a seus caprichos absurdos, o coronel se torna cada vez mais submisso. Tenta anular-se completamente para não contrariar a mãe e seu confidente. O conflito, no entanto, acaba estourando. Fomá é das primeiras criações de que o autor se valeu para elaborar um tema constante em sua obra: indivíduos humilhados que tripudiam sobre outros, também humilhados." (http://veja.abril.com.br/210201/p_146.html)
Um livro pouco conhecido, mas um dos melhores desse mestre, gênio incontestável. Um de meus ídolos.
Recomendo tbm "Crime e Castigo" e "Os irmãos Karamazóv". Amo Dostoiévski, graças a meu pai. E devo muito a ele por isso.

Abraços,

Rics




Banda Echoes indestrutível

Foram anos de luta para chegarmos nesse patamar. Muitas mudanças, muitas brigas, porém tivemos também momentos maravilhosos, de alegria e êxtase que compensam tudo isso.
A gente só tem a agradecer à todas as casas e seus públicos pelo carinho e pela fidelidade.
A banda continua na ativa, mesmo sabendo que há quem diga o contrário. Sempre existirão os invejosos e pobres de espírito.
A Echoes é uma banda única. E continua trabalhando incansavelmente na busca pela perfeição em suas apresentações. Seja no que diz respeito às reproduções das músicas do Floyd, seja na parte cenográfica. 
O que queremos, através das explosões dos gerbs, dos lasers, das fumaças, luzes, vídeos e projeções é causar impacto, é fazer a galera delirar e sonhar.
E o que desejamos, através das aquisições de equipamentos da época, como a câmara de Eco "Echorec", amplificadores valvulados, além de instrumentos de altíssima qualidade e trabalho frequente de vozes é poder ver o público fechar os olhos e, por alguns instantes, pensar que escuta o disco original.
Nossa maior alegria é adquirir um novo equipamento, compartilhar idéias sobre tudo que nos envolve, é viajar juntos pra tocar e é tocar para um público que entra em completa sintonia com a gente e vibra com cada música. É ter uma performance contagiante e sentir esse retorno positivo nas conversas com a galera no final dos shows.
Trocamos o baterista da banda recentemente. Porém isso não caracteriza o fim de nada. A banda está tocando onde quer que for. E com a mesma formação que a levou à grandes e respeitados bares e teatros do Brasil.
Numa apresentação da Echoes, não se escuta o sax e a flauta através de sintetizadores. Porque temos Kali Nardino, um poli-instrumentista. Além dos instrumentos mencionados, ainda faz backings e toca teclado. Músico e amigo que frequentemente é convidado para nossos shows.
E se vê uma exposição infinita de pedais multi-coloridos e iluminados, do guitarrista Wagner Rato, que ainda desliza seu slide numa lap steel e faz violão em algumas músicas.
Assim como o nosso Mestre, Marcelo Bico, que toca violão, mas também desfila suas muitas guitarras americanas da Fender. Canta e se comunica com muita facilidade com o público.
A banda ainda conta com Brunão Gouveia, tecladista de primeira, apaixonado por Floyd que, com seus vários teclados e piano, é o responsável pelos momentos mais psicodélicos de nossas apresentações.
Alguns da "velha guarda" como Rics Carvalho, baixista e vocalista principal e Bel Barros, backing vocal, dotada de uma voz aveludada e potente e dona incontestável de um dos momentos mais maravilhosos de nosso show: a interpretação de "Great Gig in the sky" do Dark Side.
Essa harmonia adquirida com muito esforço, humildade e paixão, finalmente nos contamina. E é por isso que não cansamos de dizer que a banda está mais viva do que nunca. Com ânsia de subir aos palcos.
A Echoes não "acabou", não "está se reformulando" e não "se dividiu". Só existe uma e quem já nos assistiu sabe, nos (re)conhece e tem condições de tecer comentários.
Agradecemos a todos!!
Ressalto que os contatos mudaram. Pois só nós podemos e temos condições de falar pela banda.
 
Contatos para shows: 
Rics Carvalho
Tel.: 11 7673 1968
Bruno Gouveia
Tel.: 11 9799 3818
Wagner Rato
Tel.: 11 6720 6550